Com o objetivo de promover um intercâmbio de informações sobre as ações e projetos que têm a participação conjunta do setor agrícola, órgãos ambientais e o Governo do Estado da Bahia, o secretário estadual de Meio Ambiente, João Carlos Oliveira, se reuniu, na tarde desta quarta-feira (04), em Barreiras, com as diretorias da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e da Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa).
“Além do alto investimento em tecnologia, que tem o objetivo de aumentar a produção sem que haja esse mesmo aumento de supressão de vegetação nativa, a região também avançou muito no estudo do potencial hídrico e na implantação do monitoramento. O que vemos no oeste baiano é um modelo que serve de exemplo para outras regiões do mundo”, elogiou o secretário, que considerou a visita importante devido ao progresso nos temas de interesse comum.
Um dos pontos destacados no encontro foi a participação do professor e pesquisador Everardo Mantovani, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), por videoconferência. Ele fez uma síntese sobre o Estudo do Potencial Hídrico do Oeste da Bahia, pesquisa promovida pela Aiba, com apoio da Abapa, universidades federais, Universidade de Nebraska (EUA) e órgãos estaduais. “Esse estudo é tão diferenciado que está concorrendo ao Prêmio ANA, iniciativa que reconhece os projetos que se destacaram pela contribuição para a segurança hídrica do Brasil”, resumiu o pesquisador, após apresentar os dados da investigação.
A equipe da Aiba apresentou, também, o status regional do Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir), que é um instrumento em que os produtores informam quais são as áreas consolidadas na produção agropecuária, áreas de preservação e reserva legal. “Temos, na região, 9 milhões de hectares de cerrado. Destes, 3,1 milhões são abertos, com 2,6 milhões dedicados à produção agrícola. Então, ainda temos um grande remanescente de áreas preservadas”, informou Alessandra Chaves, diretora de Meio Ambiente e Irrigação da Aiba.
O secretário chamou a atenção para o problema das queimadas. Ele revelou que tem buscado formas de aparelhar as patrulhas mecanizadas dos consórcios públicos, integrados pelas prefeituras, para dar mais condições para o combate aos incêndios florestais, que ocorrem com intensidade em todas as regiões da Bahia.
“O agronegócio da região oeste tem trabalhado com tecnologia de ponta, que é o único meio que tem respostas concretas sobre a situação dos nossos mananciais hídricos, com informações que possam contribuir para o combate ao fogo e com a manutenção e conservação das nossas áreas de florestas. Isso surpreende a todos que vem conhecer a nossa forma de trabalhar”, afirmou o presidente eleito da Aiba, Odacil Ranzi, que coordenou a reunião.
Celestino Zanella, atual presidente da Aiba, que deixa o cargo em 31 de dezembro, foi homenageado por João Carlos Oliveira, pelo legado construído durante os trabalhos realizados à frente da entidade.
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