Sistema que quantifica disponibilidade de água no oeste da Bahia é apresentado durante Bahia Farm Show 2018

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Um estudo que quantifica a disponibilidade hídrica das bacias hidrográficas dos rios Grande, Corrente e Carinhanha foi apresentado, nesta sexta-feira (9), para os produtores e técnicos da área agrícola e ambiental durante a Bahia Farm Show 2018. A pesquisa vem sendo realizada pela Universidade de Nebraska e Universidade Federal de Viçosa (UFV), com o apoio dos agricultores baianos, por meio da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). Os estudos preliminares apontam que, até o momento, não há nenhum indicativo que o Aquífero Urucuia, que funciona como uma caixa de recarga para os rios da região, esteja sendo prejudicado pela atividade agrícola, independente da escala de produção – pequeno, médio ou grande.

Quando se fala em escassez hídrica, o pesquisador da UFV, Fernando Pruski, foi enfático ao determinar a necessidade de uma análise conjunta de disponibilidades e demandas dos recursos hídricos. “Esse sistema, que está sendo apresentado aqui, chamado de ‘Sistema de Informações Hidrológicas para o Oeste da Bahia SIHBA – Oeste’ pretende mostrar a quantidade de água disponível ao longo da área hidrográfica na região. Com o estabelecimento do sistema, nós passamos a ter o equacionamento de um dos fatores influentes no quadro de escassez hídrica, que ocorre quando há pouca disponibilidade de água em relação à demanda”, reforçou Pruski.

O palestrante explicou ainda que, os dados são coletados por meio de instrumentos que medem as chuvas e os rios para determinar as vazões existentes ao longo dos rios em um determinado período. “Estes dados coletados, combinados com informações da área e outros fatores que influenciam na transformação da chuva em vazão de rios é o que determina a quantidade de água disponível”. Pruski também apresentou gráficos com o histórico das chuvas nos últimos 20 anos, captado por 27 estações pluviométricas por todo o oeste baiano, e a relação desta informação com as vazões médias de longa duração (Qmid) e vazões mínimas (Q90 e Q95).

Presente na apresentação, a analista ambiental da Aiba, Gláucia Araújo, que dá suporte à pesquisa, entende a importância da implantação do sistema. “O oeste da Bahia é rico em recursos hídricos, mas é importante saber qual a quantidade real disponível e monitorando os períodos de chuva e de estiagem. A partir do diagnóstico da disponibilidade das bacias do oeste baiano teremos um direcionamento. O estudo visa conhecer e estabelecer as condições de uso para manter a sustentabilidade do agronegóc io, que está intrinsecamente ligada à preservação dos mananciais da região”, declarou, ao entender que tem início na região um período de estiagem, o que naturalmente, afeta gradativamente a disponibilidade dos rios até o retorno do ciclo de chuvas, a partir de outubro.

 

Ascom BFS

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