O potencial hídrico da região oeste da Bahia será objeto de estudo de alguns pesquisadores da Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos, e da Universidade Federal de Viçosa (UFV). O projeto, que será financiado pelo Programa para Desenvolvimento da Agropecuária (Prodeagro), quantifica e monitora a disponibilidade dos recursos do Aquífero Urucuia e superficiais nas bacias dos rios Corrente e Grande.
A proposta foi apresentada, nesta terça-feira (28), ao secretário estadual do Meio Ambiente, Geraldo Reis, e aos técnicos do Inema, pelos produtores rurais da região, durante uma reunião, em Salvador. O titular da pasta viu com bons olhos a preocupação do grupo com o meio ambiente e seus recursos naturais.
“Há 30 anos, não havia a preocupação com a questão ambiental como temos hoje. Mas a natureza vem sofrendo mudanças que nos obrigam a uma mudança de atitude. Mesmo com as possíveis divergências de visão entre os setores agropecuário e ambiental, é muito valiosa para nós essa convergência no interesse por um estudo técnico-científico, com valor acadêmico, que possa embasar uma discussão consistente sobre o tema”, disse o secretário.
Para aprofundar sobre o estudo, uma comitiva formada pelos irrigantes, representantes do governo do Estado e especialistas no tema segue para o país norte-americano, no início do próximo mês de abril, para discutir o projeto com professores da Universidade de Nebraska (Water for Food Global Institute), referência no assunto.
O presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e do Prodeagro, Celestino Zanella, defende a aplicação do estudo para que se tenha um panorama real da situação hídrica na região. “Temos esse projeto ambicioso de estudar a questão hídrica no Oeste de maneira científica, para que a água possa ser aproveitada em todo o seu potencial. Será uma segurança para os nossos investimentos”, afirmou Zanella.
Um termo de cooperação técnica entre Secretaria do Meio Ambiente (Sema), Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Secretaria de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri) e o Programa para Desenvolvimento da Agropecuária (Prodeagro) será o passo inicial para o estudo.
O secretário de Agricultura, Vitor Bonfim, que também participou do encontro, ressaltou que “a possibilidade de uma discussão sobre o uso da água é uma grande vantagem do oeste hoje, quando outras regiões do estado estão vivendo a escassez. Esse estudo será um marco temporal na questão do uso da água na região”, disse.
Também participaram da reunião, a presidente do Sindicato Rural de Luís Eduardo Magalhães, Carminha Missio; a assessora jurídica do sindicato, Greice Kelli Fontana, que, na ocasião, representou os sindicatos de Barreiras e Formosa do Rio Preto; o presidente da Associação dos Produtores Rurais da Chapada das Mangabeiras (Aprochama), Edson Fernando Zago; o representante da Passo Fundo Agro, Odacil Ranzi; os superintendentes da Seagri, Guilherme Bonfim; e da Sema, Aderbal de Castro; além de assessores e técnicos.
Ascom Aiba com informações da Sema
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