O Projeto Nascentes do Oeste, mantido pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), por meio do núcleo de Sustentabilidade, busca preservar as águas e nascentes para o uso equilibrado dos recursos do meio ambiente. O projeto que já foi premiado nacionalmente em 2020, pela Agência Nacional das Águas (ANA), conta também com parcerias importantes, como produtores rurais, moradores das comunidades e prefeituras por meio das secretarias de Agricultura, Educação e de Meio Ambiente.
Em sua terceira etapa, o projeto já diagnosticou 26 nascentes e sete veredas que atualmente encontram-se em processo de recuperação, nos municípios de Angical, Barreiras, Cristópolis, Formosa do Rio Preto, Luís Eduardo Magalhães, Riachão das Neves e São Desidério.
Após o processo de identificação e recuperação da nascente, são aplicados diferentes métodos de recuperação, a exemplo do Caxambú, que consiste na construção de uma caixa filtrante que recobre a nascente, evitando que a mesma seja assoreada. Busca-se ainda evitar o pisoteio do gado, assoreamento, desmatamento das Áreas de Preservação Permanente (APP’s) e incêndios florestais, fatores que podem colaborar para a degradação das nascentes e veredas no Oeste da Bahia.
O analista ambiental da Aiba, Artur Ribeiro, é quem acompanha o projeto. “As ações de recuperação das nascentes contam com a construção de cercamentos visando a delimitação da APP para sua proteção. Também a construção de cordão de contorno e barraginhas tem o intuito de conter processos erosivos, além de reflorestamento com mudas de árvores nativas do Cerrado e aplicação de métodos de recuperação”, explica Artur.
Para garantir a execução das frentes de recuperação de nascentes e veredas, a Aiba e o Programa para Desenvolvimento da Agropecuária (Prodeagro), com o apoio das prefeituras, disponibilizaram insumos, a exemplo de grampos, estacas e rolos de arame farpado, material de capina, mudas de árvores nativas do Cerrado, sementes de Andropogon e Mossai, fertilizantes e inseticidas, destinados para as nascentes e veredas identificadas.
Educação ambiental – Para despertar o interesse sobre a relevância de conservação da nascente e a vontade de preservar o recurso natural, paralelo às ações de recuperação de nascente, são realizadas iniciativas de Educação Ambiental para sensibilizar a população sobre a importância da restauração e conservação das nascentes, além de conversa com produtores rurais e membros das secretarias. O projeto já alcançou 307 nesta etapa e mais de 1000 desde o início, com as ações de Educação Ambiental.
A intenção é formar propagadores de educação ambiental voltados à conservação e recuperação de corpos hídricos. A exemplo disso, foi a realização do curso online ‘Oficinas Formativas de Educadores Ambientais’, voltado para professores, coordenadores, secretários e técnicos das secretarias de Meio Ambiente, Agricultura e Saúde.
Também foram realizadas outras ações, como encontros online, oficinas educacionais e gincanas com alunos, participações em eventos como o II Encontro dos Comitês de Bacias Hidrográficas Baianas (Ecoba), realizado em Barreiras, e a Feira do Conhecimento e Festa do Alho em Cristópolis. Outra iniciativa é o ‘Café com Prosa’, artifício que vem surtindo muito efeito no convencimento em inserir os proprietários no projeto. Outra estratégia de divulgação, é a Capacitação em Proteção e Recuperação de Nascentes, que capacitou mais de 140 pessoas em Angical, Cristópolis, Formosa do Rio Preto, Riachão das Neves e São Desidério, para a identificação, diagnóstico e recuperação de nascentes e veredas, além de aplicação de técnicas de produção de água, e um público formado por produtores rurais, técnicos de educação, agricultura e de meio ambiente.
Ascom Aiba
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