A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, tomou posse do cargo, na última segunda-feira (05), em uma cerimônia realizada em Brasília. Diante de ministros, deputados, senadores e representantes do setor agropecuário nacional, a ministra assumiu o compromisso de fazer uma gestão voltada para o diálogo e de priorizar a democratização da capacitação técnica do agricultor e a estruturação do setor para que ele se fortaleça e ganhe competitividade. O presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Júlio Cézar Busato, e o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), João Carlos Jacobsen, estiveram presentes na cerimônia de posse.
O discurso da ministra foi norteado por desafios determinados pela presidente da República, Dilma Rousseff. O primeiro deles é a implantação de programas e projetos inovadores para o setor. Assim, a ministra apresentou a criação da Escola Brasileira do Profissional da Agricultura e Pecuária que, através de cursos à distância ou presenciais, vai capacitar e formar profissionais do sistema público da agropecuária dos municípios, estados e do próprio ministério.
O segundo desafio, para o qual a presidente pediu obstinação, é a ampliação da classe média rural brasileira que hoje representa apenas 15% dos mais de cinco milhões de produtores que o Brasil possui. Kátia Abreu assumiu o compromisso de dobrar o número de representantes deste segmento nos próximos quatro anos. “Mapearemos os 558 territórios das microrregiões do país, classificando esses territórios de acordo com suas ausências e dificuldades. Preencher as lacunas para elevar a produção e a renda desses produtores. Serão mais de 800 mil produtores das classes D e E que irão para a classe C”, disse a ministra.
Para cumprir com este compromisso, a ministra apontou como caminho a democratização da assistência técnica e extensão rural, em um movimento coordenado pela Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), o que levará a formação de uma rede nacional de assistência técnica rural, envolvendo órgãos públicos, privados e universidades.
O terceiro desafio é consolidar um planejamento nacional de defesa agropecuária para fortalecer a participação nacional nos mercados internacionais e facilitar o acesso. “O Brasil deixou de ser uma pequena faixa de aglomerações na costa do Atlântico. Hoje, somos o segundo exportador mundial de alimentos, mas, até os anos 70 do século passado, importávamos alimentos e sequer cogitávamos, um dia, integrar o rol dos maiores exportadores do planeta”, afirmou a ministra, acrescentando que “ampliar o comércio exterior vai ajudar o Brasil a crescer”.
Ainda em seu discurso, Kátia Abreu afirmou que seu ministério terá os olhos voltados para o produtor rural e que vai buscar equilibrar os diversos interesses do setor produtivo como ampliar as áreas irrigadas do país, sem comprometer o meio ambiente; e buscar soluções para as dificuldades do setor sucroalcoleiro, para a morosidade do processo de registro de agroquímicos, a necessidade de ampliar a cobertura do seguro rural e, por fim, adequar os instrumentos da política agrícola às especificidades das regiões Norte e Nordeste.
Para o presidente da Aiba, as ações que estão sendo desenvolvidas no Oeste da Bahia estão totalmente alinhadas com o discurso da ministra. “Queremos aumentar a produção e a riqueza da região de forma responsável, usando tecnologia de ponta e pesquisa, principalmente, em parceria com as universidades e com as iniciativas privada e pública”, explicou Busato que se colocou à disposição da ministra para auxilia-la nas questões que envolvem Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins.
Ascom Aiba
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