O Programa Soja Plus, dedicado a fornecer orientações sobre gestão econômica, ambiental e social, já atendeu cerca de 5 mil agricultores do país desde que foi criado, em 2011, e há tratativas para que a iniciativa ajude a ampliar o acesso do produtor a mercados compradores.
“O objetivo do programa é trazer o discurso da sustentabilidade para a prática, levando as informações que o produtor precisa para alcançar o patamar de perfeição exigido hoje pelo mercado externo”, disse Carlo Lovatelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), durante apresentação do balanço sobre os quatro anos do Soja Plus, ontem, em São Paulo (SP).
A Abiove, em parceria com a Aprosoja, que representa os produtores de Mato Grosso, instituiu o programa no Estado, mas já se juntaram ao grupo Mato Grosso do Sul, Bahia e Minas Gerais, a partir de um investimento total de R$ 20 milhões.
O Soja Plus é de adesão voluntária e oferece capacitação gratuita por meio de visitas técnicas às fazendas. O programa foi uma reação ao caráter “impositivo e distante da realidade” de algumas certificações, segundo Lovatelli, caso da Round Table on Responsible Soy (RTRS). “O Soja Plus é brasileiro, moldado conforme nossas possibilidades e limitações”, acrescentou. Na prática, as ações sugeridas vão desde medidas simples, como instalação de placas de sinalização e advertência nas propriedades, exigida pela legislação trabalhista, até o atendimento às complexas normas do Código Florestal.
Em Mato Grosso do Sul, já foram capacitados 135 agricultores – e a meta para 2015 é atingir outros 400. No oeste da Bahia, já são 200 os atendidos. Em Minas Gerais, que aderiu há pouco mais de três meses, o objetivo é auxiliar 300 agricultores no ano que vem. A expectativa das entidades é estender o Soja Plus a outros Estados produtores, como Paraná e Rio Grande do Sul, em três anos.
Fonte: Valor Econômico
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