Bancada na Câmara, formada por cerca de 200 deputados, conseguiu convencer a maioria dos colegas de Casa a derrubar a emenda.
A aplicação de uma taxa de 9,5% de PIS/Cofins sobre a exportação de soja não receberá apoio da maioria dos deputados federais durante a votação da Medida Provisória 627, na qual foi incluída uma emenda sugerindo a tributação sobre a venda do grão ao mercado internacional. A bancada ruralista na Câmara, formada por cerca de 200 deputados, conseguiu convencer a maioria dos colegas de Casa a derrubar a emenda sugerida pelos líder do PPS, Rubens Bueno (PR), e Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR). “Perdemos a batalha da comunicação. Ficamos somente eu o Rubens contra todo mundo”, disse Hauly.
A taxação foi alvo de conversa na noite de ontem, durante jantar na residência oficial do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RS). O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) subiu o tom das críticas à emenda, alegando que geraria prejuízo ao agronegócio. O argumento convenceu a maioria dos líderes a não aprovar o trecho da MP 627 que fala da soja. O acordo foi confirmado na tarde desta terça-feira (1/4).
Ficou acertado que o deputado Jerônimo Georgen (PP-RS) entregaria um destaque em plenário para suprimir da medida provisória o trecho da emenda de Bueno e Hauly. O destaque precisa ser apresentado por um líder partidário, o que ficou a cargo de Moreira Mendes (PSD-RO). “Já temos unanimidade para derrubar (a emenda)”, afirmou Caiado.
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) recalculou o impacto da incidência do PIS/Cofins sobre o envio de soja ao mercado externo em R$ 4,5 bilhões por ano, considerando o preço médio atual de R$ 1.120,00 por tonelada e a exportação de 44 milhões de toneladas do grão no ano passado. A Frente havia estimado o impacto em US$ 3 bilhões anuais.
Fonte: Estadão Conteúdo por Globo Rural
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