A Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Secretaria de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária, Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) se reuniram, nesta terça-feira (28), para a apresentação dos estudos relacionados ao aquífero Urucuia, no oeste baiano, que estão sendo realizados por pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV). O encontro aconteceu na Fenagro e teve a presença de pesquisadores, técnicos e secretários de governo.
“Esse estudo é essencial para que se possa mensurar a disponibilidade hídrica do Aquífero Urucuia em diferentes áreas da região oeste. Esses dados são imprescindíveis para a gestão integrada dos recursos hídricos, bem como para subsidiar uma proposta com critérios para os usos por segmento, visando também à revitalização das bacias”, comentou a chefe de gabinete da Sema, Iara Icó, reforçando o interesse do órgão no apoio ao projeto.
O estudo possui recursos financeiros do Programa para Desenvolvimento da Agropecuária (Prodeagro) e cooperação técnica entre Sema, Inema e Seagri. O presidente da Aiba e do Prodeagro, Celestino Zanella, aposta no estudo científico como uma ferramenta segura para comprovar o potencial hídrico do oeste da Bahia e assegurar as atividades de irrigação, sem causar medo à população ou desequilíbrio ao meio ambiente. “Com isso, teremos um panorama real da situação hídrica na região, atestado por quem mais entende do assunto. O estado de Nebraska, nos Estados Unidos, tem uma capacidade menor que a nossa e irriga uma área bem maior, sem colocar em risco a segurança hídrica. O que queremos é quantificar essa água para que possamos fazer bom uso dela, porque água cara e desperdiçada é aquela que cai no mar e que não temos como usar”, defende.
De acordo com o diretor de Águas do Inema, Eduardo Topázio, o estudo irá modernizar as relações de controle e gestão das águas no oeste da Bahia, deixando evidente os aspectos ainda desconhecidos em relação a disponibilidade hídrica, principalmente do aquífero e das águas de superfície. “Para o estudo, tanto a Sema como o Inema têm papeis fundamentais no processo, porque essa pesquisa somente tem resultado prático se obter validade e conformidade ambiental por esses órgãos ambientais. É um estudo detalhado que integra vários aspectos, com impactos ambientais, estudos sobre a disponibilidade e a quantidade de água disponível no aquífero, bem como uma forma de gerenciar racionalmente dos recursos hídricos de superfície”, explicou Topázio
A apresentação dos estudos, que vai até o final de 2018, detalhou a quantificação e monitoramento da disponibilidade de recursos do aquífero Urucuia nas bacias dos rios Corrente, Grande e Cariranha. “Um dos objetivos da pesquisa é criar um modelo numérico do aquífero, que permita simular cenários para trazer conhecimentos capazes de promover um melhor entendimento da dinâmica dos recursos hídricos na região e suas interações, permitindo segurança na gestão, no investimento e na disponibilidade”, comentou o coordenador do projeto e o professor da UFV, Everardo Mantovani.
Ascom Aiba com informações da Ascom Sema.
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