Os parlamentares Nilson Leitão (PSDB-MT) e Tereza Cristina (PSB-MS) vão assumir a liderança da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) por um ano, já que o regimento interno, que previa mandatos de dois anos, mudou. Leitão, que será o novo presidente, se destacou como relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Funai e do Incra na Câmara dos Deputados, que investiga irregularidades na demarcação de terras indígenas e na reforma agrária. Ele assume o cargo em fevereiro e deixou claro que a lista de prioridades é grande.
“A lei ambiental, nova legislação que nós queremos, a legislação trabalhista rural, inclusive da nossa autoria e a finalização da CPI da Funai e do Incra, que nós queremos encerrar e fazer uma proposta ao governo federal da nova roupagem tanto do Incra, quanto da Funai. A Lei de Cultivares, que queremos encerrar, também antes mesmo de assumir essa frente oficialmente, e outras lutas, como a desoneração de insumos. Agora, precisamos pressionar o Congresso, para que possam colocar em votação, como é o caso da PEC 215, que está pronta para ser votada e que nós queremos fazer com que ela seja votada no início do ano”, falou.
Já a próxima vice-presidente, Tereza Cristina, está em seu primeiro mandato como deputada federal e tem a trajetória política marcada pela luta contra os conflitos entre indígenas e produtores rurais. “A gente sabe da responsabilidade dessa Frente perante aos assuntos do agronegócio brasileiro e, principalmente, hoje, que o país vive essa crise sem precedentes e que, com certeza, já está afetando o agronegócio.” A parlamentar prometeu ainda “continuar trabalhando e fazendo o excelente trabalho desenvolvido pelo deputado Marcos Montes”.
Na reunião, a FPA também formalizou o apoio à candidatura do atual presidente da Frente, Marcos Montes, à presidência da Câmara dos Deputados. Mesmo assim, ele ainda vai ter que disputar a vaga dentro do próprio partido, o PSD, que tem como favorito para o cargo o deputado Rogério Rosso, líder da legenda na casa.
“A frente se propôs a ter um candidato. Claro que meu nome foi lembrado, não necessariamente terá que ser meu nome. (…) Aqui, realmente, é uma força da Frente com seus deputados dos mais diversos partidos, mas é claro que os partidos que nós representamos estarão presentes na luta da presidência da câmara”, falou o atual presidente da FPA.
Caso Marcos Montes não seja candidato, o novo presidente da frente parlamentar da agropecuária disse que há outros nomes em jogo, citando Jovair Arantes (PTB) e Zé Rocha (PR). “O jogo começa a partir do momento que começar a eleição. Por enquanto é só um debate de bastidores”, completou.
Fonte: Canal Rural
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