Mais de 200 pessoas, entre produtores, consultores, gerentes de fazendas, técnicos agrícolas, associações e instituições de pesquisa e ensino, autoridades locais e regionais, multinacionais e demais representantes da cadeia produtiva do setor agrícola, participaram do Encontro Técnico do Café 2015. O evento foi realizado entre os dias 14 e 15 de agosto, pela Fundação Bahia em parceria com a Abacafé e Aiba e teve como principal tema “A Sustentabilidade Ecológica na Cafeicultura do Oeste Baiano”.
No primeiro dia, o palestrante Entomologista/Unesp, Dr. Santin Gravena, apresentou o resultado do projeto Manejo Ecológico de Pragas (MEP) desenvolvido em parceria com a Fundação Bahia e Abacafé, com o apoio da Dupont. Implantado em novembro em 2014, o projeto atua com um conjunto de ações contra insetos, com foco na preservação e aumento dos inimigos naturais e o uso de técnicas ambientais de manejo, tendo a prática do monitoramento e a amostragem sistemática como suporte para a tomada de decisões. “A melhor pulverização é aquela evitada pelo inspetor de pragas”, defendeu Santin Gravena. Nesta primeira etapa, cinco fazendas participaram da iniciativa que tem como ênfase o controle do bicho-mineiro, principal vilão dos cafezais no oeste baiano.
O segundo dia do evento foi no Campo Experimental da Fundação Bahia, onde foram apresentadas novas tecnologias e informações técnicas ao produtor. O Engenheiro Agrônomo André Resende falou sobre “Preparo Profundo do Solo em Escassez de Água”. Segundo ele, técnicas de descompactação e subsolagem de solo e o consórcio com braquiária são medidas que contribuem com o equilíbrio do sistema tanto no aumento do número de inimigos naturais quanto na composição da matéria orgânica e na redução da temperatura do solo.
As Estações Técnicas foram ocupadas por empresas como DUPONT, BASF, ARYSTA, MONSANTO BIO AG, IHARA, JCO e MAFES que apresentaram novas tecnologias que já estão no mercado.
Para o presidente da Abacafé, Marcos Pimenta, “esse tipo de encontro é excepcional para o produtor, tanto em informações técnicas para que ele consiga alavancar sua produtividade quanto para intercambiar informações com outros produtores e gerentes, e assim melhorar o seu negócio”, garantiu.
O pesquisador da Fundação Bahia, Dr. Fabiano Bender, apresentou seus trabalhos e convidou os participantes a conhecerem os trabalhos desenvolvidos pela Instituição, que possui a maior área experimental privada do país. Atualmente, os estudos com café contemplam 10 hectares em pivô central, sendo cinco em produção e cinco em formação, além de 1.5 ha irrigados por gotejamento, também em formação.
Sendo a quarta cultura de maior importância econômica no oeste da Bahia, liderança conquistada nos últimos três anos, o café produzido na região, que têm 70% da produção local destinada ao mercado internacional da bebida, agora investe em pesquisas de manejo de pragas para reduzir os custos na propriedade e atender o exigente mercado consumidor. (com informações da Fundação Bahia e Abacafé)
Fotos: Abacafé
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