Encontro reuniu mais de 60 pessoas entre produtores rurais e trabalhadores ligados ao agronegócio na fronteira da Bahia com o Goiás
Como acontece todos os anos, no período pós colheita, equipes da Aiba e Abapa vão às comunidades agrícolas apresentar as ações e projetos das instituições e ouvir as demandas da população. No ciclo de 2019, o Rosário, distrito de Correntina, foi a primeira localidade a receber as caravanas. O encontro, organizado pela delegada regional Suzane Piana, reuniu, na noite desta quinta-feira (5), na sede local da Abapa, produtores e trabalhadores rurais, além de representantes de empresas ligadas ao agronegócio e moradores da região, para discutirem assuntos pertinentes ao segmento.
“Este é o momento de mostrar aos nossos associados as lutas que as entidades travam para defender os interesses individuais e coletivos da categoria. Estamos aqui para falar, mas, sobretudo, para ouvir. E tenham certeza de que estamos atentos a cada pleito, a cada anseio e tentamos solucionar, no que depende de nós, ou de intermediar a solução com os setores responsáveis”, disse o presidente da Aiba, Celestino Zanella, enquanto apresentava as ações nos âmbitos ambiental, jurídico, institucional, social, logístico e de infraestrutura.
Um dos maiores problemas enfrentados pelos agricultores da região é a limitação energética. Mesmo sendo uma relevante área produtiva, a localidade não possui uma subestação que atenda de forma efetiva as propriedades rurais. A falta de energia elétrica inviabiliza, por exemplo, a expansão da atividade e, consequentemente, da economia regional. Pela primeira vez, representantes da Coelba participaram da reunião para responder dúvidas e questionamentos da comunidade.
Segundo o representante da concessionária, a empresa conseguiu antecipar para 2022 o atendimento dos projetos cuja previsão seria em 2023, e a previsão é que até 2024 a Coelba resolva os problemas de energia nos eixos Sul e Norte. O prazo dilatado, no entanto, não agradou a categoria ávida por desenvolvimento e progresso. “Energia é extremamente importante. Sem ele nosso estudo do potencial hídrico não tem viabilidade, mesmo depois de tanto investimento. Não se produz nada sem energia, por isso, baseada na relação cliente x fornecedor é que conseguimos a inédita façanha de trazer quem melhor pode falar sobre o assunto. Ainda que as respostas não sejam as esperadas, mas são posicionamentos oficiais, livres de especulações”, pontuou Zanella.
Além da Coelba, também se fizeram presentes a Polícia Militar e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-Ba), que falaram respectivamente da Operação Safra e das fiscalizações do órgão nas fazendas da região. De acordo com o capitão Weber, a operação tem sido, ano após ano, sucesso na coibição de crimes rurais e urbanos. “A estatística comprova a eficácia da Operação Safra, que, inclusive, servirá de modelo para outra operação que será implantada na região de Feira de Santana, por grupos de pecuaristas que querem reduzir o número de roubo de gado”, avaliou.
Já o presidente doCrea, Luís Campos, destacou que o intuito do órgão é trabalhar em parceria com os produtores rurais. “Nosso objetivo não é ser uma entidade arrecadadora, mas sim fiscalizadora. Por isso, quando me candidatei fiz questão de convidar um agrônomo para ser meu vice, a fim de valorizar a categoria”, pontuou.
As conquistas jurídicas obtidas no caso do Funrural foram apresentadas pelo vice-presidente da Aiba, Odacil Ranzi, que atualizou os agricultores sobre a situação do processo sobre o passivo do tributo. Também foi esclarecida a questão do salário educação.
A anfitriã, Suzane Piana, destacou a importância de se reunir dois presidentes (Aiba e Abapa) em uma discussão que abordou tantos temas de interesse comum. “Enquanto associada, eu sempre liguei para cobrar. Até que fui convidada a participar da diretoria, como delegada, para lutar junto com eles. E é isso que estamos fazendo aqui: apresentando as nossas lutas e, de certa forma, prestando contas com os senhores, que não têm tempo de ir até as associações, então trouxemos as associações até os senhores. E não para por aqui, a ideia é tornar esse espaço “a casa do produtor”, através da união dos sindicatos, cooperativas e demais entidades do agronegócio, seja para reuniões, seja para realização de cursos, formações, etc…”, disse Piana.
Júlio Busato, presidente da Abapa, encerrou o encontro destacando a força da agricultura, que produz alimento, gera emprego e renda, fortalece economia e atua em parceria com o Estado na recuperação de estradas e construção de pontes. “Através do Prodeagro, conseguimos fazer muito. Chegamos onde não imaginávamos, e hoje, bem aqui perto, temos a primeira estrada asfaltada construída com o nosso dinheiro. E estamos beneficiando só a nós mesmos? Não! Onde passa o nosso caminhão passa o ônibus escolar, a ambulância e o turismo. Quero dizer com isso que o agronegócio beneficia a todos direto ou indiretamente e por isso precisa ter condições para continuar produzindo. E é isso que a Aiba e Abapa fazem: buscam essas condições juntos às esferas estadual e federal”, observou.
Ascom Aiba
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