Com o tema “Gestão ambiental e do Saneamento básico: desafios para o desenvolvimento sustentável”, foi realizado, em Barreiras, de 17 a 20 de novembro, o III Congresso Baiano de Engenharia Sanitária Ambiental (Cobesa). A Aiba foi representada pelo diretor de Relações Institucionais, Ivanir Maia, que participou de um debate sobre impactos socioambientais do Agronegócio no Oeste da Bahia.
Diante de estudantes, professores, técnicos e especialistas, Ivanir Maia abordou a dinâmica da economia regional, ressaltando a constante presença da agropecuária na base da cadeia econômica do Oeste da Bahia. Segundo ele, na década de 80, a região deu uma grande guinada com a chegada dos sulistas e o desenvolvimento de uma agricultura altamente tecnificada. Foi a partir daí que houve a ampliação da oferta de empregos, melhoria da renda, educação, diversificação do comércio e serviços.
“É importante ressaltar que a produção agrícola no Oeste da Bahia cresce acompanhada da responsabilidade ambiental, à medida que o produtor cumpre a legislação vigente, mantendo suas APP´s e reservas legais. Sem falar nos projetos privados de combate a incêndios florestais e demarcação de veredas e o trabalho da Aiba, junto a seus associados, para a realização do Cefir”, explicou Maia.
Sobre a regularização ambiental das propriedades rurais, o especialista em recursos hídricos do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Rodrigo Martins, afirmou que o Oeste do estado é a região que mais tem realizado o Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais – Cefir. De acordo com dados da secretaria estadual do Meio Ambiente, já foram cadastrados 5,5 milhões hectares na Bahia, sendo que 4,1 milhões estão no Oeste.
É exatamente esta integração entre crescimento econômico e preservação ambiental que o Oeste da Bahia tem praticado que a professora Janes Lavoratti, apontou como fundamental à promoção do desenvolvimento sustentável. “Para que não haja conflito de interesses que ocasionem na queda dos dois sistemas, ambos têm que ceder para conviver. Esse diálogo não é fácil, mas precisa ser feito”, afirmou.
Quanto à questão social, Maia foi questionado pelo representante da Ong 10envolvimento, Martin Mayr, sobre uma possível situação de desigualdade social promovida pelo agronegócio. Apresentando dados regionais, o diretor de Relações Institucionais da Aiba, explicou que de 2006 a 2012 foram gerados 116 mil postos de trabalho pelo Agronegócio no Oeste.
“O Agronegócio é responsável por 49% dos postos de trabalho gerados na região. Para cada emprego criado no campo, surgem três novos postos de trabalho fora dele. Quem não encontrar emprego no Agronegócio, vai achar indiretamente nele”, afirmou Ivanir Maia.
O debate foi encerrado com o entendimento de que quando o Agronegócio é praticado com responsabilidade socioambiental, promove-se um desenvolvimento sustentável onde todos os atores da sociedade se beneficiam.
Ascom Aiba
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