Agricultores solicitam reforço policial para o oeste baiano

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Produtores rurais do oeste da Bahia foram a Salvador pedir o apoio do governo do Estado, no que diz respeito ao reforço do efetivo policial, a fim de garantir a segurança na região, diante da iminência de um conflito por causa de terras. O pedido foi feita ao secretário de Segurança Pública do estado, Maurício Barbosa, em reunião, nesta terça-feira (11), na sede da SSP, no Centro Administrativo. Também participou do encontro o deputado estadual e presidente da Comissão de Agricultura da Bahia, Eduardo Salles.

Segundo relato dos agricultores, o clima na região está bastante tenso após um juiz de Formosa do Rio Preto conceder liminar, na segunda-feira (10), que determina a reintegração de posse de terras para uma pessoa física que alega ser dono de uma área de 340 mil hectares, onde 300 famílias habitam e cultivam há mais de três décadas.

A área em questão corresponde a quase 15% das terras agricultáveis do oeste da Bahia. Só lá são produzidos anualmente cerca de 1 milhão de toneladas de grãos, prioritariamente soja, milho e feijão, cujas lavouras já estão em fase de colheita, mas os agricultores estão impedidos, por força de uma liminar, de dar continuidade ao processo.

“Estamos falando de uma área que há mais de 30 anos é cultivada por produtores que agora estão reféns de uma situação absurda, que é fruto da instabilidade jurídica em toda essa região. Os produtores estão reunidos e vão lutar por suas propriedades”, explicou o parlamentar.

O grupo denunciou que seguranças fortemente armados estão na região, com a intenção de intimidar os agricultores e expulsá-los das propriedades, que ficam localizadas em áreas do Matopiba (região agrícola que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

“Estamos na fase de colheita e esses supostos “seguranças” circulam na região com escopetas e fuzis para amedrontar os trabalhadores”, destacou o presidente da Associação dos Produtores Rurais da Chapada das Mangueiras (Aprochama), Edson Fernando Zago.

Maurício Barbosa garantiu que uma ação enérgica será adotada para garantir a segurança e impedir o conflito. “Estamos atento à esta situação e vamos utilizar os recursos disponíveis para assegurar que episódios de violência não aconteçam nesta região”, afirmou o secretário.

“Esta já é a segunda reintegração de posse do juiz que, sem ouvir os produtores, dá parecer favorável a outra parte, em clara intransigência jurídica. Tanto que a primeira sentença foi declarada ilegal pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que reconheceu a boa-fé dos produtores”, completa Eduardo Salles.

Ainda nesta terça-feira (11), Salles e participa de diversas audiências com os representantes dos produtores para discutir o assunto. “São 250 mil hectares plantados de soja, milho e algodão que podem ser destruídos. Estamos lidando com uma situação urgente que pode desestabilizar a economia do estado, com o desemprego de milhares de trabalhadores”, concluiu.

 

Ascom Aiba, com informações da ascom Eduardo Salles

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