Após três dias de intenso aprendizado, um Dia de Campo encerrou a programação da Cacauicultura 4.0, sábado (12), na Fazenda Santa Helena, localizada em Riachão das Neves (BA). Os participantes vivenciaram na prática as inovações discutidas durante o Ciclo de Palestras e, na visita técnica, conheceram uma propriedade rural com lavouras de cacau a pleno sol. O momento foi marcado pela interação, partilha de conhecimentos e troca de experiências entre os participantes, que puderam observar de perto como as teorias apresentadas nas palestras se aplicam à realidade do campo.

“Esse evento é muito informativo e agrega novas tecnologias e conhecimentos sobre o cacau a pleno sol, uma realidade que, para mim, como estudante de inovações tecnológicas, é fundamental para entender o que está acontecendo aqui no Oeste. É uma experiência enriquecedora, tanto pessoal quanto profissionalmente, e mostra que, além da potência que já conhecemos em grãos e fibra, o Oeste da Bahia também se destaca na fruticultura, com a banana – e agora com o cacau”, destacou Catharine Barreto, representante de Inovação do IEL Oeste e mestranda do Profnit/Ufob.
A Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob) e a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) participaram do evento a convite da Aiba, que disponibilizou uma cota de inscrições gratuitas para estudantes das instituições, como forma de estimular o acesso ao conhecimento e formar uma nova geração de profissionais voltados à inovação no agro. A mesma iniciativa foi estendida às prefeituras de Barreiras e Riachão das Neves, que receberam credenciais para distribuição a agricultores familiares e associações rurais.

Fortalecimento da cadeia produtiva
Em meio às lavouras de cacau, foram montadas três estações temáticas que possibilitaram aos participantes conhecerem mais a fundo a cadeia produtiva do setor. O evento capacitou profissionais que já atuam na área, e também despertou o interesse de novos produtores e especialistas.
“Já produzimos frutas aqui na região há onze anos, e não existe matriz mais bem remunerada no Oeste da Bahia do que a fruticultura. Temos, prioritariamente, lavouras de banana e citrus, e agora o cacau chega com toda sua pujança e potencial. E nestes três dias, tivemos a oportunidade de encontrar e dialogar com os principais elos da cadeia produtiva, aprender com pesquisadores e trocar experiências com quem, assim como nós, está iniciando nesse mundo magnífico do cacau”, compartilhou o fruticultor Márcio Oliveira.

Considerado um dos maiores eventos do setor no Brasil, a Cacauicultura 4.0 foi encerrada com avaliação positiva por parte dos organizadores, reafirmando seu papel no fortalecimento da cadeia produtiva do cacau, com foco em inovação e sustentabilidade. Moisés Schmidt, presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), entidade organizadora do evento, destacou os avanços obtidos.
“Chegamos ao final da 4ª edição da Cacauicultura 4.0. Conseguimos mostrar para todos o que representa o cacau a pleno sol, de alta produtividade, que chega à mesa com sustentabilidade ambiental, social e um diferencial que estamos construindo com sete anos de pesquisa, desenvolvimento e muita ciência. Agradeço a todos que prestigiaram este evento – investidores, produtores, industriais, patrocinadores, engenheiros agrônomos e estudantes – que agora podem levar esse conceito a todos os estados do Brasil. O cacau a pleno sol requer mais tecnologia e mecanização, e entrega um resultado financeiro diferenciado.”

Schmidt também adiantou o convite para a próxima edição. “Já convido todos para a Cacauicultura 5.0, em 2026, quando teremos um cacau com ainda mais mecanização, automação e resultados concretos após dois anos e meio de plantio nesta nova modalidade de produção, que une rentabilidade e sustentabilidade”, concluiu.
O encerramento contou com a presença dos prefeitos de Barreiras, Otoniel Teixeira, e de Riachão das Neves, Moab Santana, representando as prefeituras parceiras do evento. “Riachão das Neves é parceira do agro, e eventos como este trazem desenvolvimento para nossa região”, afirmou o prefeito Moab Santana. Otoniel Teixeira, também reforçou a importância da iniciativa. “Acreditamos no potencial transformador da cacauicultura no Oeste, e apoiar eventos como este é investir no futuro da nossa agricultura e no fortalecimento da economia regional.”

De acordo com a organização, mais de mil pessoas participaram da programação ao longo dos três dias. Após intensos aprendizados e experiências práticas no campo, a expectativa é que a produção de cacau no Cerrado baiano alcance novos patamares, contribuindo significativamente para a economia local e nacional.
Assessoria de Imprensa Aiba – 14.7.2025
Deixe um comentário