CTF: uma trilha segura para a produtividade

AIBA - Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia > Notícias > Notícias > CTF: uma trilha segura para a produtividade

No dia 2 de dezembro, as atividades do 17º Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha serão abertas com o painel Cultivo de serviços para produzir mais e com eficiência, que terá como uma das atrações o produtor Luiz Pradella, case de sucesso em Sistema Plantio Direto na região do Oeste Baiano. Usuário do Sistema Plantio Direto desde 1994 nas propriedades da família no Paraná, em 2000, estabeleceu propriedade em Formosa do Rio Preto, BA, e precisou integrar o SPD à nova realidade em ambiente tropical. É sobre essa experiência, destacando também como o Controle de Tráfico em Fazenda (CTF) associado ao plantio direto faz a diferença, que Pradella vai falar.

De acordo com o agricultor, apesar de terem algum conhecimento sobre o assunto, poucos produtores conhecem e até se valem dos benefícios do Controle de Tráfico em Fazenda. “Funcionado conjuntamente, o CTF agrega ao Sistema Plantio Direto. Na maioria das vezes, o produtor se preocupa em descompactar o solo comprando equipamentos caríssimos e que possuem um consumo de combustível muito elevado. Na minha apresentação vou falar sobre a minha experiência com relação a esse assunto e como o CTF atua de forma preventiva na compactação do solo. Pretendo mostrar também como as operações de campo podem ser organizadas ou reestruturadas de modo a tornar mais fácil de evitar essa compactação. Para isso, vou detalhar o case da Fazenda Pradella, com as iniciativas dentro deste conceito”, diz.

Ele explica que a ideia principal é mostrar como o sistema de produção menos agressivo ao solo oferece uma eficiência maior de tração ao, por exemplo, utilizar as trilhas. Permite também um sistema radicular mais desenvolvido para as plantas, exatamente porque aquele solo passa a se apresentar menos compactado em relação aos sistemas tradicionais nas operação de campo.

Segundo o próprio Pradella, o CTF não é uma exatamente inovação. Na Austrália e na Europa o controle já é usado há muitos anos. No Brasil, as fazendas de cana-de-açúcar utilizam também o tráfico controlado para evitar danos à cultura. Além disso, o CTF pode atuar sobre a produtividade da lavoura, uma vez que possui grande relevância para um solo menos compactado, que, por sua vez, passa a ter uma maior capacidade de absorção de água e, portanto, também uma capacidade elevada de armazenamento de água.

“Esse assunto também é muito fácil de ser entendido. Podemos usar como exemplo uma horta onde se tem as trilhas, que são as áreas de caminhamento e transporte para as operações de manejo, e se tem também os canteiros onde se efetivamente se produz. Então, se pisar no canteiro além de esmagar as plantas, também se compacta o solo aquela, fazendo com que aquela horta não produza aquilo que poderia produzir. No caso da lavoura com e sem CTF é a mesma coisa. Essa mensagem deve chegar ao público porque interessa tanto ao produtor quanto ao consumidor também porque é algo que soma muito para a qualidade do meio ambiente, para no combate a processos que conduzem a erosões nas propriedades e acabam por carregar o solo da lavoura para os leitos de rios e mananciais de água. Enfim, é um assunto que realmente precisa chegar ao público para ser mais bem entendido e trabalhado nas propriedades e em outras atividades também”.

Debate

O painel se completa com o professor Luiz Carlos Souza, da Universidade Federal da Grande Dourados — UFGD, que falará sobre Rotação ou diversificação de culturas?, e agricultor e empresário Maurício de Bortoli, de Cruz Alta, RS, que tratará do Sistema de produção em plantio direto de sucesso na região subtropical. Ao final haverá um debate conduzido pela pesquisadora do IAPAR, Lutecia Canalli, entre os três palestrantes.

“Gostaria de convidar a todos que puderem a participar pela internet do 17º Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha, entre os dias 1 e 3 de dezembro. É uma oportunidade importante para usufruir do conhecimento que será exposto, transmitido e discutido. Trata-se de um evento que leva assuntos diversos da parte da produção agrícola, da conservação do solo e de tudo que envolve a propriedade dentro desta prática. Fica, então, o convite a todos para participar do evento e, assim, melhorar as práticas em suas lavouras em Sistema Plantio Direto”, reforça Pradella.

Inscrições

As inscrições já estão abertas e podem ser feitas diretamente pelo site oficial do 17º ENPDP (inscreva-se aqui). Até o dia 15 de novembro, o valor das inscrições será de R$ 50,00; após essa data será de R$ 65,00.  Quem já tiver feito a inscrição no valor antigo, terá a diferença deste valor restituída. (Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Siga-nos no Facebook

Histórico de Publicações

Siga-nos no Instagram

Acesse também