O município de Luís Eduardo Magalhães sediou, no dia 17 de junho, o I Seminário Soja Plus Bahia. O evento, promovido pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), teve como objetivo esclarecer aos participantes sobre as questões relacionadas à gestão ambiental e expor as atividades do Programa Soja Plus no Mato Grosso e na Bahia. Participaram do Seminário, agricultores, Sindicatos, empresas do setor agrícola e a Cooperativa Agropecuária do Oeste da Bahia (Cooproeste).
O diretor de Sustentabilidade da Abiove, Bernardo Pires, abriu o evento falando sobre “A nova governança ambiental brasileira”, que reúne ações do governo, do setor privado e da sociedade civil para a produção de alimento e preservação ambiental. Segundo ele, o Brasil tem mostrado que é possível produzir e preservar ao mesmo tempo, tornando-se referência no mundo no que diz respeito à gestão ambiental das propriedades. “Neste cenário, o programa Soja Plus tem o importante papel de orientar o produtor no cumprimento das rigorosas leis ambientais brasileiras, permitindo conciliar a plantação de alimentos e conservação dos recursos naturais”, disse Bernardo.
Um dos exemplos que o Brasil dá, é o fato de ser o único país no mundo a ter um Código Florestal. Com as novas normas vigentes a partir de maio de 2012, os produtores rurais passaram a ter mais segurança jurídica, principalmente com a introdução do Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir) na Bahia e o Programa de Regularização Ambiental (PRA). “Para quem possui a área já consolidada (aberta), é possível ter, com a regularização ambiental, por exemplo, a compensação de Reserva Legal para áreas abertas e isenção, redução ou ainda conversão da multa em serviços ambientais”, disse Alessandra Chaves, diretora de Meio Ambiente da Aiba, que abordou o tema “Legislação Florestal e Cefir”.
Com a soja ocupando metade das terras agrícolas brasileiras, cerca de 61 milhões de ha, a produção do grão caminha para a agricultura sustentável, utilizando o tripé econômico, ambiental e social. Mesmo assim, alguns produtores não tem o conhecimento de todas as leis e obrigações que devem ser cumpridas. “O Soja Plus deseja levar essa informação para o agricultor, contribuindo para a busca da melhoria continua da propriedade de acordo com a sua possibilidade de investimento”, disse Ricardo Arioli, diretor de Meio Ambiente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), que falou sobre “O sucesso do programa Soja Plus no Mato Grosso”. Neste estado, o programa que começou em 2012, colhe resultados positivos depois de 3 anos. “É um sucesso, principalmente porque evita uma série de situações trabalhistas e ambientais para o produtor que se adequa”, completou Ricardo.
Na Bahia, o Soja Plus iniciou as atividades em 2014 e já conta com 57 propriedades cadastradas. O diretor de Relações Institucionais da Aiba, Ivanir Maia, encerrou o Seminário explicando o funcionamento do Programa no oeste do Estado.
As atividades começaram com o curso de capacitação em legislação trabalhista. 124 produtores e gerentes de fazendas participaram. Para 2015, o foco do trabalho serão as questões ambientais e a continuidade da capacitação na área trabalhista. Segundo ele, ainda para o mês de julho, acontecerão visitas com técnicos da Aiba e estudantes da Universidade de Viçosa – parceira do programa – nas propriedades cadastradas, para listar as principais adequações necessárias que fazem parte do programa. “50 kits serão distribuídos, sem custo, para as fazendas que estiverem em conformidade. Cada kit possui 60 placas de sinalização, materiais de treinamento e caixas de primeiros socorros”, disse.
“Nosso objetivo é trazer para o oeste da Bahia programas de melhorias contínuas, como o ABR que capacita os cotonicultores”, afirmou Maia.
Ascom Aiba
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