Enquanto a colheita do milho plantado em sequeiro está sendo finalizada, o Oeste Baiano se prepara para colher, também, o cereal cultivado em áreas irrigadas. Esta cultura é a segunda mais importante da região e do Brasil. De acordo com dados do segundo levantamento realizado pelo Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), foram plantados 210 mil hectares de milho no Oeste da Bahia, com produtividade em torno de 170 sacas por hectare e o volume total de 1.93 milhão de toneladas do grão na safra 2021/2022.
“O milho teve um início de ano muito bom, mas sofreu excesso de chuva, o que contribuiu para o aumento de doenças ocasionadas pela alta umidade, além da perda de nutrientes, o que possibilitou consequentemente a diminuição do que era esperado”, explica o gerente de agronegócio e infraestrutura da Aiba, Luiz Stahlke, que ainda avalia que a produção de milho na safra 2021/22, “teve uma diminuição da produtividade em torno de 10%, mas foi compensada pela ampliação da área, em 24% proporcionando um aumento de produção de 9,8%”.
Apesar da queda na produtividade registrada neste ano – de 180 para 170 sacas/ha -, por conta dos fatores supracitados, há boas perspectivas para o cultivo do milho no Brasil. Isto ainda depende da manutenção dos preços do cereal no mercado de commodities e os efeitos da redução da oferta de grãos relacionada à crise na Ucrânia.
Vale ressaltar que, parte do milho produzido no Brasil, segundo a Conab, é destinada à exportação, tendo como principais compradores, em milhões de toneladas no ano de 2020, Irã (4,4), Japão (4,2) e Vietnã (3,7), segundo informações fornecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Mas o mercado interno absorve parte significativa da produção, que é utilizada na nutrição de aves, suínos e bovinos. Além do produto em grão, a agroindústria brasileira transforma e exporta o milho como amidos, féculas, farinhas de cereais, grumos, sêmolas e pellets de cereais.
Ascom Aiba
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