Os trabalhos de dragagem em 21 pontos críticos do canal da hidrovia do São Francisco entre Ibotirama e Pilão Arcado, Médio São Francisco baiano, já começaram. A previsão é que, ao final de 90 dias, com sua conclusão, esteja restabelecido o calado de navegação numa extensão de 320 km, permitindo sobretudo a passagem do comboio – composto de empurradores, dique flutuante e barcaças – que transporta grãos, em especial caroço de algodão, provenientes do Oeste baiano.
A ação é fruto de uma parceria entre a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e o DNIT, órgão vinculado ao Ministério dos Transportes, e visa à melhoria da navegabilidade no canal. Os passos ou pontos críticos para a navegação foram identificados pelo DNIT por meio da Administração Hidroviária do São Francisco (Ahsfra). O investimento é de aproximadamente R$ 7,2 milhões.
O trecho de 320 km onde os 21 pontos críticos estão sendo dragados perpassa os municípios de Ibotirama, Muquém do São Francisco, Morpará, Barra, Xique-Xique e Pilão Arcado. “É um trabalho rigoroso, os órgãos ambientais exigem que o façamos com todo o cuidado, porque influencia diretamente em vidas aquáticas e dos nossos ribeirinhos”, disse o presidente da Codevasf, Elmo Vaz, que acompanhou pessoalmente o início dos trabalhos em Ibotirama.
Ele explicou que, além do investimento na dragagem propriamente dita, também estão sendo investidos outros R$ 1,5 milhão no controle ambiental da dragagem e na batimetria – que é a quantificação do material a ser dragado.
O procedimento de dragagem consiste na retirada de sedimentos (areia ou cascalho) do fundo do rio nos trechos críticos à navegação, aumentando o calado (profundidade) para que as embarcações não encalhem. Com esse serviço, os trechos serão desobstruídos, o que facilitará o escoamento das safras agrícolas provenientes do Oeste baiano, principalmente soja e algodão.
Fonte: Ascom Codevasf
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