Com o início da colheita de algodão, retoma a demanda pelas análises, por parte dos produtores, com foco na qualidade da fibra. Diante da previsão da produção de 592.269 mil toneladas de fibra no Oeste da Bahia nesta safra, e da exigência dos mercados pela classificação, o Centro de Análise de Fibras da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) se prepara para um novo ciclo com a meta de atingir, pelo segundo ano consecutivo, a marca de três milhões de amostras classificadas em uma só safra. Desde o início de junho, o laboratório, localizado em Luís Eduardo Magalhães, no Oeste da Bahia, analisou cerca de 80 mil amostras por meio de equipamentos de High Volume Instrument (HVI) e de classificação visual, que atestam parâmetros como comprimento, resistência, uniformidade, e fiabilidade, o que possibilita a melhor destinação da fibra pelas indústrias têxteis.
“A partir de agora, com a intensificação da colheita em campo, o ritmo de operação do laboratório se torna intensa, com a dedicação do trabalho de 106 profissionais que se revezam durante os três turnos, durante 24 horas por dia, de forma ininterrupta para garantir que os resultados das análises cheguem até os produtores para comprovar a qualidade da fibra para os compradores”, afirma o gerente do laboratório, Sérgio Brentano. A partir do momento que os produtores começam a colheita e beneficiam o algodão, separando a pluma do caroço, uma amostra com o lote rastreado é encaminhado para análise no laboratório. Com a produção recorde da última safra em torno de 626 toneladas de pluma, o Centro de Análise de Fibras da Abapa registrou, pela primeira vez, em uma única safra, um total de 3.095.877 análises por meio dos equipamentos de High Volume Instrument (HVI) e 331.535 mil de classificação visual.
Considerado o maior da América Latina, o laboratório da Abapa integra o programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), que padroniza a classificação de pluma no país, conferindo segurança e credibilidade para o algodão brasileiro. O presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato, explica que classificação da pluma realizada no laboratório é fundamental para comprovar a qualidade do algodão produzido no Oeste da Bahia e garantir melhor destinação e preço da pluma nos mercados interno e externo. “Temos uma qualidade fibra reconhecida internacional, garantido pelo regime de chuvas, solo e pela tecnologia aplicada na colheita e beneficiamento. Este é um diferencial levado em consideração na hora da compra e venda da pluma”, explica. Segundo maior produtor de algodão do Brasil, cerca de 60% da pluma da Bahia é comercializada para a indústria têxtil nacional, e o restante, para os mercados asiáticos, sendo os maiores compradores, a China, Bangladesh, Turquia e Vietnã.
Assessoria de Imprensa da Abapa
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