O modelo de seguro agrícola utilizado nos Estados Unidos foi tema de encontro em Brasília (DF) com a presença de representantes do setor norte-americano e brasileiro.
Promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Ministério da Agricultura, o evento debateu as possibilidades de um novo formato para o seguro brasileiro e permitiu também um aprofundamento de como funciona na prática o seguro rural norte-americano.
Convidado pela CNA para participar das discussões, o diretor da Tovese Corretora de Seguros, Otavio Simch, afirma que o modelo de seguro agrícola dos Estados Unidos avançou durante muitos anos para atingir o atual patamar e para alcançá-lo, o Brasil precisa crescer mais rapidamente neste setor. Observa que é importante conhecer o modelo americano para o seguro avançar no Brasil.
O principal foco atualmente nos Estados Unidos é o seguro de renda, que estabiliza a renda do produtor, gerando a combinação de cobertura de preço e produtividade. O produtor americano é livre para optar em garantir o preço do produto ou a renda, mediante comprovação das despesas e receitas das últimas safras. Mas, segundo Simch, a maioria opta pelo seguro de renda. “Esse é o carro chefe deles, principalmente para o produtor não criar uma dívida nova”, observa.
Conforme o dirigente da Tovese, as coberturas entre os dois países são muito semelhantes. “As principais deles são Estiagem, excesso de chuva, granizo, geada e vendaval. No entanto, entre as dez principais culturas deles, 85% da área plantada está coberta por seguro. Nós aqui estamos com 14%. É preciso que o setor da área de seguros, produtores e governo trabalhem em conjunto para avançar rapidamente em um novo modelo de seguro agrícola no Brasil. É importante a participação do produtor em sugerir necessidades e melhorias”, salienta.
Para 2015, os Estados Unidos estão prevendo investir entre U$ 6 a 7 bilhões de dólares na política agrícola que também abrange o seguro. “Pela estabilidade da economia norte-americana e com um programa agrícola de cinco anos, há uma maior facilidade de se programar. Eles já sabem o que vai acontecer daqui a três ou cinco anos em termos do agronegócio e no seguro também. O seguro caminha junto com a política agrícola do governo”, ressalta Simch. As informações partem da assessoria de imprensa.
Fonte: Agência SAFRAS
Foto: Divulgação Aiba
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