Preocupados com a falta de chuva que ameaça a safra 2015/2016, produtores rurais do Oeste baiano, representados pela Aiba, Abapa, Abrapa e pelos sindicatos da categoria de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, reuniram-se, nesta quinta-feira (3), na sede da Aiba, para avaliar a situação das lavouras. O cenário, que até bem pouco tempo era promissor devido ao elevado índice pluviométrico registrado em janeiro, mudou drasticamente nas últimas semanas, já que no mês de fevereiro não choveu o esperado para manter a boa produtividade.
“Apesar da pouca quantidade de chuvas nos meses de outubro, novembro e dezembro, as lavouras estavam bem formadas, e, mesmo com o excesso de chuvas de janeiro, elas tinham um alto potencial produtivo, prometendo uma das melhores, se não a melhor safra da região. Infelizmente as precipitações cessaram no dia 26 de janeiro, e em fevereiro a média foi de cerca de 50 mm. Tudo isso ocasionou uma mudança drástica na situação das lavouras, de forma generalizada, sendo que em alguns casos já ocorreu a morte precoce das plantas”, explicou o presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato, sobre o atual cenário.
Um levantamento preliminar aponta para uma grande redução da produtividade da região. A situação é semelhante a que os produtores do Matopiba também enfrentam, já que o desequilíbrio climático atinge toda a macrorregião.
Com base nesse panorama, a categoria decidiu pedir ajuda à esfera governamental. A reunião resultou na formulação de um documento que será encaminhado à ministra da Agricultura, Kátia Abreu, solicitando o envio de técnicos do Ministério à região para constatar a situação provocada pela seca e, consequentemente, adotar as medidas emergenciais necessárias.
Nos próximos dias, os agricultores devem se reunir em audiência com os prefeitos da União dos Municípios do Oeste Baiano (Umob); com o secretário estadual de Agricultura, Vitor Bonfim; e com o governador Ruy Costa, em busca de apoio para combater a seca.
“A situação é grave. Se chover nos próximos dias ameniza um pouco, mas para algumas áreas infelizmente já é tarde demais, pois as plantas já morreram. Com isso, os produtores do Oeste baiano saem de uma perspectiva de grande safra para amargar um prejuízo, que ainda não podemos calcular, pois só saberemos o tamanho do problema após o restabelecimento das chuvas ou se não chover nos próximos dias”, enfatizou Busato.
O Conselho Técnico da Aiba fará uma reunião de emergência na próxima semana, com o intuito de fazer o levantamento quantitativo das perdas, que já são grandes.
Ascom Aiba
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