Com um rebanho estimado em cinco milhões de cabeças de gado e uma produção de 150 mil litros de leite por mês, segundo dados da Associação dos Produtores de Leite de Riachão das Neves (Rialeite), o Oeste da Bahia tem buscado estruturar sua cadeia leiteira. Representantes de criadores, laticínios e agentes financeiros têm participado de diversas reuniões com o objetivo de compartilhar experiências, identificar os principais entraves e buscar caminhos para o fortalecimento e ampliação do mercado no Oeste.
A pecuária de leite é praticada nas regiões do Vale por pequenos e médios produtores que não conseguem suprir a demanda de laticínios como o de Sônia Andrade, que está com 60% de sua estrutura ociosa. “Meu maior problema hoje, é não ter o leite para a capacidade que a indústria tem. Tudo o que produzo, vendo em dois dias”, afirmou Sônia, apontando a falta de assistência técnica como o maior entrave para o crescimento do setor. “É imprescindível que o governo atue nesta área para que o produtor forneça leite de qualidade e em quantidade, dentro do padrão de higiene exigido. Assim, o laticínio terá um produto final com preço e valor agregado”, concluiu.
Outro entrave que dificulta o crescimento da cadeia do leite, no Oeste da Bahia, é a falta de organização do setor em cooperativas e associações, o que, segundo o diretor de Agronegócios da Aiba, Ernani Sabai, poderia contribuir para uma significativa economia dos produtores no que se refere ao valor pago pela ração animal, por exemplo.
“Os criadores poderiam ter uma economia de 22 a 30% no preço da ração, se buscassem aqui mesmo na região a alimentação animal”, explicou Sabai.
De acordo com os dados da Aiba, o Oeste produz 4,2 milhões de toneladas, por ano, de milho, soja e caroço de algodão; quantidade suficiente para atender as necessidades do rebanho local. A área cultivada, atualmente, corresponde a 1,9 milhão de hectares, podendo ser triplicada caso cresça a demanda do mercado consumidor.
Ascom Aiba
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