Cafeicultores de Minas conhecem cafezais da região oeste da Bahia

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DSC09870Uma comitiva de cafeicultores do sul de Minas Gerais esteve na última semana, entre os dias 25 e 26 de março, conhecendo as peculiaridades da produção de café no oeste baiano – inserido em um sistema totalmente irrigado e mecanizado. Em Luís Eduardo Magalhães, o grupo foi recebido pela Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia (Abacafé) e visitou quatro fazendas produtoras da bebida na região: Café do Rio Branco, Sequóia, Poleto e Agronol, além dos trabalhos do setor na Cooperativa Agropecuária do Oeste da Bahia (Cooproeste). O intercâmbio, promovido pelo SEBRAE e a Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) – uma das maiores do mundo no ramo -, faz parte do projeto Educampo Café desenvolvido com um grupo de 17 produtores da região de Carmo do Rio Claro/MG.

Segundo o consultor técnico do Educampo da Cooxupé, Cristiano de Andrade Gomes, um dos objetivos do projeto é, justamente, a troca de experiência. “A ideia do intercâmbio é fortalecer o grupo com a troca de informação entre eles mesmos, e aprender com a experiência de produtores de outras regiões. Na prática, o projeto leva para dentro das propriedades a adesão de novos manejos e melhorias de outros, sempre como tomada de decisão”, explicou.

Desenvolvido há quatro anos na Cooxupé, o projeto atua na qualificação do produtor, principalmente na tomada de decisão, levando em consideração os custos de produção e uma gestão mais controlada do seu fluxo de caixa. “Um diferencial observado nas fazendas produtoras do oeste baiano é a organização das propriedades a nível operacional, que coincide com o trabalho de orientação em gestão do projeto. A fazenda é uma empresa e por isso, precisa ser gerenciada como um negócio e não mais como antigas propriedades rurais”, enfatizou Gomes.

Para o cafeicultor Ronaldo Teixeira de Paiva do município de Conceição de Aparecida, que há 30 anos está na atividade e hoje, cultiva uma área de 110 hectares, a cafeicultura do oeste baiano impressiona em números, entretanto nada que desanime o setor do sul de Minas, ao contrário, revela-se para um cenário cada vez mais promissor. “Nós não temos uma topografia tão privilegiada como do oeste baiano, mas temos fertilidade, clima bom e um solo argiloso, ideais para a cultura do café, e que não nos agrega em custos extras como irrigação e correção de solos, como acontece aqui (oeste baiano). E isto, de certa forma, muito nos anima para aumentar a produtividade”, ressaltou.

Educampo

Iniciativa do SEBRAE e vários parceiros, iniciada em 1997 em Minas Gerais, idealizado como um modelo de assistência gerencial e técnica intensiva, para grupo de produtores de uma mesma atividade econômica, vinculados a uma agroindústria. O Projeto procura agregar ao conceito da assistência técnica tradicional, a gestão de negócios, normalmente uma das maiores deficiências encontradas junto aos empresários rurais, ampliando a capacidade do produtor em gerir sua atividade, através de melhorias técnicas capazes de imprimir ganhos quantitativos e qualitativos ao produto primário, melhorando os indicadores técnicos e econômicos das propriedades.

Texto/foto: Ascom Abacafé

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