Um dos principais polos produtivos de soja, algodão e milho, o oeste da Bahia revela, agora, o seu potencial para a cadeia leiteira. A região atesta sua vocação não só para a agricultura, como também para a pecuária, através da integração com a lavoura. É o que pretende mostrar o 1º Encontro da Cadeia Produtiva do Leite do Oeste da Bahia, que já tem data marcada e acontecerá nos dias 21 e 22 de novembro, no Parque de Exposições Engenheiro Geraldo Rocha, em Barreiras. Organizado pela Comissão da Cadeia Produtiva de Leite da Bahia, o evento será realizado pela Associação dos Criadores Gado do Oeste da Bahia (Acrioeste), em parceria com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa).
O Encontro tem como objetivo unir a cadeia de produção do oeste da Bahia para mostrar que é possível agregar renda produzindo de forma integrada e sustentável. Além de reuniões e palestras, o evento contará com uma pequena feira, onde serão expostos os derivados do leite produzidos na região. “A ideia é mostrar a qualidade dos produtos feitos aqui. Essa região da Bahia tem um potencial incrível para agropecuária, assim como para agricultura”, analisa o consultor técnico da Acrioeste, Ubirajara Zapponi.
O presidente da Aiba, Celestino Zanella, destacou a relevância do evento para a região. “A integração lavoura-pecuária é uma tendência mundial, e aqui temos o cenário ideal para nos tornarmos referência também na produção de leite, uma vez que temos área e ração em abundância para o gado”, destacou.
Segundo Zanella, a importância de interligar agricultura e pecuária resultou na criação da Diretoria da Proteína Animal dentro da Aiba. A partir de agora, o setor também será representado e defendido pela Associação. “Esta é uma cadeia única, então, a ideia é unir forças para mostrar o potencial do oeste em produzir grãos, fibra e também se tornar uma grande bacia leiteira, agregando tudo que é produzido aqui na região. A nova diretora terá uma cadeira na presidência e participará das decisões pertinentes à sua área”, enfatizou.
Antônio Balbino, diretor de eventos da Acrioeste, ratifica a afirmação. “Os setores do agronegócio e pecuária estão unidos. A Aiba como a maior entidade do agronegócio da Bahia tem condições de enxergar que isso é fundamental para toda cadeia produtiva do agro. A Abapa, em particular, visto que trabalha diretamente com a produção de algodão, umas das fontes de alimentos do gado, é uma parceira excelente”, avalia.
Balbino acredita que, pelo fato de a região está se tornando um polo universitário, a formação de acadêmicos e técnicos pode favorecer o segmento, agregando mão de obra especializada. “São técnicos competentes que podem vir a trabalhar aqui no oeste da Bahia. Precisamos apostar nisso se quisermos essa cadeia mais desenvolvida e fomentar ainda mais produtividade da região”, destaca.
Comissão da Cadeia Produtiva de Leite
Em uma reunião realizada em abril de 2018, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), em Salvador, foi criada a Comissão Baiana da Cadeia Produtiva do Leite. A comissão tem como objetivo principal tornar a Bahia autossuficiente na produção de leite.
O trabalho realizado pela Comissão é coordenado pelo Sistema Faeb/Senar, com participação de representantes do governo do Estado, setor produtivo, universidades, entidades de classe e instituições privadas ligadas ao agro.
Ascom Aiba
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