Representantes da Conab e da Embrapa Algodão atualizaram informações e dados com base na realidade apresentada por produtores e técnicos da região Oeste
Foi uma manhã produtiva no auditório da Abapa, em Barreiras (BA), na última quarta-feira (29). Representantes de sindicatos, Fundação BA, Aiba, Abapa, Embrapa, empresas de consultoria e assistência técnica e agentes financeiros fizeram uma rodada de discussões que contou com dois momentos. No primeiro, técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) repassaram, junto aos presentes, o pacote tecnológico levantado em 2013, até então trabalhado pela Conab, que envolve os principais custos da lavoura de algodão, para que seja atualizado. Em uma segunda etapa, o pesquisador da Embrapa Algodão, José Rodrigues Pereira, expôs os resultados dos Estudos de Zoneamento Agrícola de Risco Climático da cultura do Algodão (ZARC) para a Bahia.
Considerando que os custos de produção envolvem as práticas agrícolas como correção e preparo de solo, plantio, colheita, beneficiamento, pacotes tecnológicos entre outros praticados nas lavouras de algodão da região, a planilha da Conab recebeu ajustes e adequações. Após o fechamento e consolidações destes dados, junto aos outros estados produtores, servirá de parâmetro para que o Governo Federal defina os preços mínimos do produto.
“Os dois assuntos abordados são de extrema importância para o setor agrícola. A formatação do custo médio da região norteará a Conab para a definição do preço mínimo do algodão. Por outro lado, o zoneamento é fundamental para a obtenção de financiamento e seguro agrícola, por parte do produtor rural”, destacou o diretor executivo da Abapa, Lidervan Morais.
O fato de ser um condicionante para que o agricultor obtenha financiamentos, o ZARC constitui-se em um instrumento público de seguro do crédito rural. Essa questão foi reforçada pelo representante da Embrapa Algodão, durante sua fala. O zoneamento determina a data de semeadura por região, utilizando softwares de alta performance. Esses dados são repassados para o Ministério da Agricultura que orienta os produtores sobre quais as melhores épocas de plantio, considerando as especificidades das diferentes regiões brasileiras.
“Não se trata de um instrumento engessado, os dados coletados e analisados em nosso centro de tecnologia são apresentados aos interessados, como estamos fazendo aqui hoje e podem receber contribuições a partir das realidades locais. Porém, o ZARC precisa ser cumprido pelos produtores que tenham a intenção de conseguir crédito agrícola, os agentes financeiros consultam estas informações para a concessão dos financiamentos, explicou o pesquisador José Rodrigues Pereira.
Assessoria de Imprensa Abapa
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