A terceira edição do evento ‘Cacauicultura 4.0: A Nova Era da Cacauicultura Brasileira’, realizada no Perímetro Irrigado de Riacho Grande, em Riachão das Neves, entre os dias 19 e 20 de abril, marcou um avanço significativo na abordagem tecnológica e sustentável da produção de cacau. O evento contou com a participação de representantes da diretoria e colaboradores da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), produtores rurais, especialistas, líderes do setor e estudantes, além de representantes institucionais governamentais e da indústria do setor cacaueiro.
“A Aiba marca presença nesse evento em que também participam produtores de todo estado e mostra sua importante parceria e incentivo desde o início do projeto da Cacauicultura 4.0, que traz a opção do cacau a pleno sol para cultivo no Oeste da Bahia. E a associação é uma importante interlocutora nessa relação, no diálogo com agentes de governo e com representantes de vários estados, como o Matopiba. O cacau passa a ser uma diversificação da produção, e nos últimos anos, é notório o crescimento desse evento, com um grande público presente além dos participantes online”, disse o vice-presidente da Aiba, e um dos idealizadores do evento, Moisés Schmidt, que também fez a explanação do tema central durante a programação.
Dia de campo – No sábado (20), segundo dia do evento, ocorreu o Dia de Campo com a inauguração do Viveiro da Bio Brasil, o maior do mundo com carga de produção de até 10 milhões de mudas. “Esse evento mostra realmente que o produtor está interessado na cultura do cacau a pleno sol. E a inauguração do maior viveiro de cacau do mundo, que é a Bio Brasil, mostra o interesse em atender essa demanda na cultura nacional, com o plantio de cacau, trazendo essa realidade do potencial e atendendo uma demanda por mudas que está correndo devido a demanda por amêndoas a nível nacional”, complementa Schmidt.
A representante da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), e do Ministério da Agricultura, Lucimara Chiari, destacou sobre as perspectivas do mercado global e nacional. “Hoje a gente tem uma alta nos preços do cacau que acontece por conta de um desbalanço de oferta e demanda, com uma previsão de déficit global de cacau de mais de 300.000 toneladas, e acreditamos que o Brasil tem um potencial enorme para suprir esse déficit, se não total, pelo menos uma parte dele”, ressaltou Lucimara.
Também presente no evento, o presidente e fundador da Cacau Show, Alexandre Costa que já esteve em outro momento na região para conhecer a cacauicultura desenvolvida, deu seu depoimento de como construiu sua empresa que hoje conta com mais de 4.000 lojas. “Estive aqui há dois anos, quando estava num estágio bem inicial e estou encantado em ver o que aconteceu nesses 24 meses. Sem dúvida, foi feito um trabalho muito competente no desenvolvimento da técnica para que o Brasil volte a ser um expoente relevante na produção de cacau, sobretudo nesse momento que o mundo está sentindo a falta”, relatou o CEO da Cacau Show.
Ao longo da programação, foram discutidas e exploradas temáticas voltadas para a aplicação de tecnologia na produção de cacau de forma sustentável e eficiente em áreas não tradicionais, refletindo o compromisso da indústria em abraçar práticas inovadoras para impulsionar o setor cacaueiro na região oeste baiana.
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