Lançado oficialmente em julho do ano passado, e com um aporte de cerca de R$ R$ 570.000 mil, o projeto realizado pela Abapa/Aiba identificou 220 nascentes, diagnosticou 77 e protegeu 37 nascentes em 9 municípios do Oeste da Bahia.
No mês de comemoração do Dia Mundial da Água, os agricultores baianos continuam trabalhando na recuperação e proteção de nascentes no oeste da Bahia. Por meio da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e da Associação de Agricultores, Irrigantes da Bahia (Aiba), em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente de Barreiras (Sematur), eles promoveram na última semana, nos dias 14 e 15, mais um curso que culminou na recuperação de uma nascente de rio na localidade da Tabua da Água Vermelha, em Barreiras. Também na última semana, entre os dias 11 e 13 de março, o mesmo curso foi ministrado em Baianópolis, e no próximo mês, acontecerá junto aos técnicos da área ambiental e moradores de Riachão das Neves.
Lançado oficialmente em julho do ano passado, e com um aporte de cerca de R$ 570.000,00, o projeto identificou 220 nascentes, diagnosticou 77 e recuperou ou protegeu 37 nascentes em 9 municípios do Oeste da Bahia. A ação conta com o apoio do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). Juntamente com outros 35 inscritos do curso, o morador da Tábua, José da Silva Souza, participou diretamente da proteção da nascente que fica ao lado da sua casa. “A gente sempre usou a água do povoado, mas depois deste trabalho, mesmo com a chuva, a água continua saindo limpinha”, mostra ele, que mantém em sua propriedade o “veio d´água’ que percorre cerca de 15 km para beneficiar ainda os moradores de localidades como Bebedouro e Canabrava.
Desta nascente, brota 9200 litros do aquífero que pode vir a atender cerca de 230 pessoas diariamente. Durante o curso, os integrantes diagnosticaram toda a área e definiram pelo uso da técnica “Caxambu” que protege o afloramento do lençol por meio uma cobertura construída naturalmente com pedra e argila, evitando o acesso deste afloramento do pisoteio do gado e do assoreamento com terra carregada pelas chuvas. “Além de proteger, esta é uma das técnicas que beneficia diretamente as pessoas do entorno da nascente. Mesmo com a chuva, a água continua saindo limpa e pode ser utilizada de forma segura pelos moradores e seguir o seu curso normal para beneficiar quem precisa de água perene e potável”, explica o agrônomo Renato Rios, responsável pelo treinamento.
O secretário de meio ambiente de Barreiras, Demósthenes Júnior, reforça a importância da parceria com os agricultores por meio da Abapa e da Aiba, que tem sido fundamental para desenvolver este trabalho. “Dentro deste projeto, somente em Barreiras, temos 50 identificadas, 20 diagnosticadas e 8 recuperadas, e este é o segundo treinamento com técnicos, e desta vez, incluímos a grupo do exército para reunir todos os apoios para impulsionar o projeto e proteger de forma concreta e segura os recursos hídricos das bacias hidrográficas da nossa região” afirma o secretário, que também é o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Grande.
Ao verificar de perto os resultados deste trabalho, o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato, mantém a confiança da importância deste investimento por parte dos produtores rurais da região que estão cada vez mais preocupados com os recursos hídricos e com o meio ambiente. “Além do projeto da recuperação das nascentes, estamos apoiando um estudo do potencial hídrico do oeste da Bahia como forma de mensurar a disponibilidade hídrica das águas superficiais em um projeto coordenado pela Universidade Federal de Viçosa e da Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos, e Governo do Estado. O uso de tecnologia de ponta na agricultura, elevando a produtividade, respeito à legislação ambiental e o uso sustentável da terra e dos recursos hídricos garante para toda a sociedade o quando os agricultores baianos estão comprometidos com o meio ambiente”, afirma.
Assessoria de Imprensa da Abapa
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