A palestra do renomado pesquisador e fitopatologista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Soja), Maurício Meyer, marcou o relançamento do Programa Fitossanitário no oeste da Bahia, na última terça-feira (4), em Luís Eduardo Magalhães. O objetivo é combater a Ferrugem Asiática (Phakopsora pachyrhizi), uma das doenças mais preocupantes nas lavouras da oleaginosa.
De acordo com o palestrante, a região oeste da Bahia possui clima favorável para a proliferação do fungo causador da patologia, mas medidas eficientes adotadas pelo Programa Fitossanitário têm conseguindo amenizar os impactos. “O controle passa por três pilares: a primeira recomendação é o vazio sanitário; a segunda é a escolha dos cultivares de qualidade e resistentes à doença; e a terceira é a aplicação do controle químico com fungicidas eficazes”, adverte.
Meyer reforça, ainda, que a união dos produtores faz a diferença no combate à doença. “O Programa Fitossanitário desenvolvido aqui na região é hoje uma referência no Brasil, e precisa ser incentivado. A participação efetiva de todos os agentes envolvidos na cadeia é a grande diferença”, pontua.
Na safra 2017/18 foram plantados 1,6 milhão de hectares no oeste baiano, e registrados pelo Programa Fitossanitário da Soja 99 focos de ferrugem asiática (sendo 72 focos pelo consórcio anti-ferrugem). Entretanto, foram combatidos antes de causar prejuízos comprovados nas lavouras, mantendo a safra recorde de 66 sacas por hectare. O êxito nos resultados é atribuído à intervenção do agricultor no tempo certo, através da aplicação de fungicida ou do correto manejo do solo.
O Grupo Gestor do Fitossanitário da Soja no oeste da Bahia é formado por técnicos da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), da Associação dos Produtores Baianos de Algodão (Abapa), Fundação Bahia, Sindicatos dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães e de Barreiras e da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado da Bahia ( APROSOJA BA).
Ascom Aiba (Imagem: SPRLEM)
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