13º Congresso Brasileiro do Algodão (13º CBA) é lançado em plataforma digital

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Capital baiana vai abrigar a 13º edição do evento que traz como marcas principais a inovação, os desafios e os novos cenários da cotonicultura mundial pós-pandemia.

  As águas calmas da Baía de Todos os Santos vão se agitar com realização do 13º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), de 17 a 19 de agosto de 2021, no novo Centro de Convenções de Salvador. Organizado pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) e lançado em plataforma digital na noite de ontem (05), o evento reuniu representantes de diversos elos da cadeia produtiva da fibra e ao final, mais de 70% da área física disponível para as empresas mostrarem seus produtos e serviços voltados ao algodão já estava reservada.

O clima no lançamento foi de otimismo, sem deixar de ressaltar os grandes desafios que o setor algodoeiro enfrentará, ainda por um bom tempo, em função da pandemia do coronavírus. Nesta edição, o CBA inova com a participação online de congressistas e a eventual possibilidade de participação de palestrantes, de maneira virtualem diferentes partes do mundo. O tema do evento, que conta com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), será “Algodão brasileiro – desafios e perspectivas no novo cenário mundial”. Durante o lançamento, além dos representantes dos produtores – organizadores do congresso, e das empresas do setor, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, o vice-governador da Bahia, João Leão, e o prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto também marcaram presença e deixaram seus depoimentos.

Na edição de 2018, realizada em Goiânia, o CBA reuniu 2,1 mil congressistas e cerca de 3 mil participantes. Contudo, mais que números, o objetivo desta edição é aglutinar o máximo possível a cadeia produtiva, presencial e fisicamente, e oferecer uma grade científica de palestras, salas temáticas e workshops alinhados ao contexto atual e aos desafios impostos pela conjuntura. “O CBA é o grande fórum do conhecimento, da tecnologia e do relacionamento da cotonicultura brasileira. Estamos confiantes que teremos um grande evento em 2021”, afirmou o presidente da Abrapa, Milton Garbugio. Para o presidente do 13º CBA e próximo presidente da Abrapa, Júlio Busato, realizar esta edição na Bahia tem uma grande importância para o estado e também para a associação estadual que ele preside, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa).

“A Bahia tem uma relação histórica com o algodão, que começa desde a chegada dos portugueses aqui. Já fomos grandes produtores em áreas como o Vale do Iuiú, mas, como outros estados, vimos a atividade quase ser erradicada por conta bicudo-do-algodoeiro. Começamos uma nova história no Oeste do estado, e hoje a Bahia é o segundo maior produtor brasileiro de algodão, com uma pluma de excelente qualidade, graças à tecnologia aplicada pelos cotonicultores e às condições naturais daqui”, diz Busato.

Segundo Busato, “o cotonicultor brasileiro sempre enfrentou dificuldades e aprendeu a superá-las com estratégia. Nossas metas são grandes, dentre elas, nos tornar, até 2030, o maior exportador mundial de algodão. Estamos otimistas e agindo intensivamente nesta direção. Acredito que o 13º CBA será memorável, e daqui vão sair muitas das soluções para vencer os nossos desafios. Agradeço às empresas que confiam no nosso trabalho, nossas parceiras, que já sinalizam que estarão conosco também nesta edição”, concluiu.

O Congresso Brasileiro do Algodão tem um histórico de alta fidelidade de patrocinadores. Na última edição, a maior já registrada do evento, 80% das empresas participantes eram veteranas no evento. As 20% que participaram pela primeira vez, em Goiânia, já indicam que querem também estar presentes em Salvador.

Ciência em evidência

Para alcançar a meta de galgar a posição de líder mundial no fornecimento de algodão, o Brasil terá de plantar mais e incrementar as produtividades, atualmente já consideradas excelentes (é o líder global em produtividade de algodão sem irrigação). Bater essas marcas, de forma sustentável, exige pesquisa, desenvolvimento e uso das melhores práticas, na opinião do coordenador científico do CBA, o pesquisador Jean Belot. “Teremos que ser competitivos em qualidade e preço, implementando, cada vez mais, as melhores recomendações técnicas de manejo da lavoura, assim como na colheita e pós-colheita.

Em sua fala, a ministra Tereza Cristina mostrou-se alinhada com os propósitos da comissão científica do CBA. “Sei da expectativa e de toda a movimentação do setor para a realização e sucesso desteevento. O Brasil é grande produtor e exportador desta fibra que, cada vez mais, tem sido requisitada pelo mundo”, disse, parabenizando a Abrapa e os cotonicultores pela realização do 13º Congresso Brasileiro do Algodão.

“Régua e compasso”

O charme e a mística da Bahia e sua capital, Salvador, sede do evento, foram ressaltadas pelas autoridades estaduais. “Recebemos esse evento com muita satisfação e convidamos todos os cotonicultores do país para compartilhar deste momento grandioso. Nossa Bahia está aqui para apoiar quem produz e fazer com que as boas energias do povo baiano tragam novas perspectivas para a cultura do algodão”, comemorou o vice-governador da Bahia, João Leão. Já o secretário de Agricultura da Bahia, Lucas Costa, ressaltou que o algodão é o produto mais importante no Valor Bruto de Produção (VBP) do estado. “Por isso, vamos manter o nível de qualidade do algodão e aumentar em produtividade e produção”, afirmou.

O prefeito da capital baiana, ACM Neto, também deu as boas-vindas ao 13º CBA, enfatizando que Salvador está pronta para abrigar esta edição. “Os desafios são grandes, mas a interlocução do agronegócio será capaz de reinventar caminhos para superar as crises de um país que tem que apostar todas as suas fichas nos produtores, oferecendo condições para que o setor produtivo possa ser o grande impulsionador da recuperação econômica e da geração de empregos”, finalizou.

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