Abrapa propõe estudo de embarques de algodão pelo N/NE

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Solução visa a reduzir a pressão sobre o Porto de Santos e garantir o cumprimento dos prazos de entrega da pluma no mercado internacional.

Exportar parte do algodão produzido no Brasil pelos portos do Norte e do Nordeste do país pode ser a alternativa para diminuir a pressão sobre o Porto de Santos, e, consequentemente, os atrasos no embarque da pluma brasileira, agravados no ciclo 2016/2017 pela falta de contêineres e de caminhões no período de pico da safra. A solução foi apresentada na terça-feira (21/11), pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), durante a 57a Reunião Ordinária da Câmara Temática de Infraestrutura e logística (CTLOG) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), realizada na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília.

A proposta foi detalhada pelo vice-presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busat o, que preside a Câmara Temática de Insumos da Agropecuária (CTIA), na qual o assunto já vem sendo estudado. A ideia é que as duas câmaras, e também a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, trabalhem em conjunto para encontrar uma resposta para o problema.

Segundo Busato, a alternativa mais viável é criar novas rotas, com frequência regular, nos portos das regiões Norte e Nordeste do país, e relocar para estes a produção do chamado Matopiba, acrônimo referente às áreas agrícolas de cerrado nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí, e Bahia, sendo esta última o segundo maior produtor de algodão do Brasil. De acordo com Júlio Busato, que também é presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), o estado vem fazendo alguns embarques pelo Porto de Salvador, e a associação estadual intensificou as conversas com o Grupo Wilson Sons, operador do Terminal de Contêineres do Porto de Salvador (Tecon).

“Hoje, de 1,8 milhão de toneladas de pluma que o Brasil exporta, em torno de 800 mil toneladas abastecem o mercado interno e o restante é exportado, principalmente, para a região sudeste da Ásia. Não há expectativa de um aumento considerável do consumo no mercado interno. Então, para o setor algodoeiro nacional crescer, é imperativo exportar. Mas o comprador quer ter segurança de que terá o algodão na hora e no lugar certos”, explica Busato. Atualmente, 90% do algodão brasileiro saem pelo Porto de Santos.

De acordo com o levantamento de intenção de plantio da Abrapa para 2017/2018, o Matopiba deve produzir em torno de 575 mil toneladas de pluma. Deste total, cerca de 60% são para exportação.

Imprensa Abrapa

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